Às vezes a racionalidade se esgota sem nos tirar do lugar. Então, de repente, forças misteriosas nos atingem: um sonho louco, uma frase enigmática, um presságio inexplicável, um gesto místico. Parece que o mistério valoriza o indeterminado e, nesse sentido, ele pode ter uma função libertadora, pois dá passagem para um regime de forças inacessíveis à razão. Não seria triste ensurdecer para as vozes que o vento carrega? No podcast desta sexta fazemos um elogio do misticismo enquanto ética estética.