Mesmo sob protestos, o todo prevalece sobre as partes e as ondas sempre retornam ao mar.
Referências
Os pré-socráticos – Anaximandro, §1 – org. Gerd Bornheim
Mil Coisas Invisíveis – Nascer, Viver, Morrer – Tim Bernardes
Aforismos para a Sabedoria de Vida – Das diferenças das idades da vida – Schopenhauer
O mito do Eterno Retorno – Mircea Eliade
- novembro 01, 2024
Sobre
A vida e o universo têm um destino similar: nascer, viver e morrer. Neste ínterim, tudo está em constante movimento, se misturando, se refazendo e se recriando. Somos nós quem, equilibrados no alto da colina, com cicatrizes e sonhos, conciliamos passado e futuro para tirar o melhor possível do momento presente. Não é fácil, vive sem conforto quem aceita neste raro momento finito viver. Aos que aprenderam a enterrar seus deuses, não há a esperança de uma vida depois da morte, e deixar a festa da vida se torna ainda mais doloroso. Tudo bem, resta ao menos o consolo de “existir vida antes da morte”.
Participantes
- Robson Mattos
- Rafael Lauro
- Rafael Trindade
Links
Ficha Técnica
Capa: Felipe Franco
Edição: Pedro Janczur
Mailing: Adriana Vasconcellos
Ass. Produção: Bru Almeida
Texto: Rafael Trindade
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The Real Person!
The Real Person!
Olá, pessoal! Adorei a conversa. A vida antes da morte é possível? Termos sido destacados do Todo, portanto termos sido premiados com a existência teria sido uma espécie de despertar do repouso eterno, ou talvez um equivalente à mordida da maçã, que nos provocou a ira de Deus, que nos expulsou do paraíso. Nesse sentido, o repouso eterno é uma espécie de paraíso, em que se tem tudo e se tem nada. A vida é a ruptura da pedra, é o nos fazermos orgânicos da pedra, do pó. Como a água, a vida é finita, é um espasmo que nos possibilita o prazer, o fruir…. Contudo essa ventura nos apresenta, a cada momento que segue o prazer, a conta do cartão de crédito. [Poxa, não pedi para nascer…, mas quero viver.] A conversa triscou a difícil tarefa de explicar como foi que do nada se fez a vida… um eterno retorno, um ciclo lunar constante. Entretanto, o meu ser, este que agora pinga este texto, jamais retornará após o seu fim. Então a gargalhada do palhaço deve conter alguma resignação com sua própria finitude. E que vivam os vermes! {Será minha espécie também a expressão de um tipo de verme? Um verme que sonha em criar uma inteligência que supere a própria para fazer-se eterno? Isso já é outra estória.} Um abraço e até a próxima!