Espinosa é um filósofo amado por muitas pessoas, Deleuze mesmo dizia carregá-lo no coração. O que explica tamanho entusiasmo com um pensador do século XVII, que fala de Deus por meio de axiomas, proposições e corolários? Talvez seja a maneira como ele define o amor: “uma alegria acompanhada da ideia de uma causa exterior” Ou seja, o amor aparece como a ideia que fazemos de algo exterior que nos traz alegria: “me sinto bem perto dele/a/u”. Mas será que podemos transformar o amor em um afeto ativo? Ou estamos fadados a sofrer dele como uma paixão? Com Espinosa, talvez seja possível diferenciar o amor-paixão, refém do imaginário romântico, e o amor preenchido pela razão, atento às relações singulares. Assim, no podcast desta sexta, fomos da filosofia de Espinosa à Anarquia Relacional para pensar em que medida é possível “amar além da imagem”