O ouro é usado para valorizar a imperfeição, transvalorá-la. É na falha que está o valor. Aquilo que ninguém gostaria é trabalhado de modo a tornar-se distinto, uma peça única, permeada de cuidado, amor, continuidade.”
Leitura:
Rafael Lauro
maio 24, 2019
Sobre
Leitura do nosso texto “Kintsugi”, seguido de uma conversa sobre como essa técnica japonesa de reparo nos faz pensar a filosofia. Quer ler junto? Clique aqui!
Quando penso em Kintsugi, penso em toda a milenar filosofia oriental. É impossível separar a cultura japonesa do pensamento zen budista. Nós estamos tão mergulhados no pensamento, nos valores e na cultura ocidental, que acabamos caindo em armadilhas na hora de analisar o kintsugi. Um exemplo é quando vocês comentam sobre o “não”. No pensamento zen, não se trata de apego ao objeto desejado e a recusa a se desapegar dele, mas sim de aceitar a impermanência. Se trata de aceitar que todos os sentimentos fazem parte da vida, como vocês bem comentaram sobre o modo de vida que tem repulsa à dor. Quem no ocidente desenvolve um pensamento parecido é Heráclito: “ninguém se banha duas vezes no mesmo rio”, ou seja, estamos sempre mudando, assim como os objetos que se quebram.
Quando penso em Kintsugi, penso em toda a milenar filosofia oriental. É impossível separar a cultura japonesa do pensamento zen budista. Nós estamos tão mergulhados no pensamento, nos valores e na cultura ocidental, que acabamos caindo em armadilhas na hora de analisar o kintsugi. Um exemplo é quando vocês comentam sobre o “não”. No pensamento zen, não se trata de apego ao objeto desejado e a recusa a se desapegar dele, mas sim de aceitar a impermanência. Se trata de aceitar que todos os sentimentos fazem parte da vida, como vocês bem comentaram sobre o modo de vida que tem repulsa à dor. Quem no ocidente desenvolve um pensamento parecido é Heráclito: “ninguém se banha duas vezes no mesmo rio”, ou seja, estamos sempre mudando, assim como os objetos que se quebram.
Olá Jananda,
Realmente a cultura japonesa remete à filosofia Zen Budista.
Conheço pouco, mas concordo com você! 🙂
Abraços