A humanidade apenas coloca as questões que já não pode mais não colocar.”

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Rafael Lauro

Join the discussion 8 Comments

    • Eliel Carvalho Ferreira disse:

      Nietzsche é uma figura emblemática e sua filosofia é complexa pela maneira como ele filosofa. Do ponto de vista cartesiano suas obras são mais ou menos delirantes por ele trabalhar um aforismo por cima do outro. Não há uma preocupação em organizar as idéias já que ele mesmo disse certa vez que nunca teve pretensão de trazer na sua filosofia uma fórmula mágica que servisse pra todo mundo. A filosofia de nietzscheana é bruta e caótica e isso faz ela ser maravilhosa já que o dizer para qualquer um de nós pode ser deficiente e exuberante ao mesmo tempo. Deficiente porque o dizer de alguém nunca diz o que realmente queria dizer e exuberante porque esse mesmo dizer sempre diz mais do que se propõe. Nietzsche é complexo como eu disse no início e as pessoas tem o direito de interpretar errado, erradíssimo às vezes. Mas nós que, entendendo muito não entendemos nada, como supostos pensadores que conjecturamos numa razão inadequada sem razões realmente verdadeiras, jamais deveríamos chamar alguém de idiota. Especialmente quando damos razão e vazão a uma idiotice que está em nós disfarçada de boas intenções. Como ouvi uma vez: o conhecimento pode fazer de você apenas mais um estúpido, entretanto, com um considerável referencial teórico. Cuidado Rafael, as palavras tem poder entre os sapiens e os demens.

      • Rafael Lauro disse:

        Concordo com tudo que você falou sobre Nietzsche, mas não entendi sua crítica.
        Pode ser mais direto no que te incomodou, não tem problema..

        Qual idiotice disfarçada de boas intenções você viu em nossa fala?

        Acho que chamar alguém de idiota, no caso, é simplesmente tomar uma posição.
        Uma filosofia bruta e caótica não nos impede de nomear os idiotas.

  • Eliel Carvalho Ferreira disse:

    Quero começar dizendo que não sou da área filosófica, minha formação é na area de história, pedagogia e recentemente fiz duas extensões, uma em neurociência e a outra em psicopedagogia (o que não me deu absolutamente nenhuma bagagem a mais e por isso eu endosso minha raiva do mundo acadêmico que nos impele a pendurar nossos títulos na parede como troféus, mesmo que não tenhamos realmente aprendido coisa alguma). Logo, eu sou inexoravelmente um especialista em não dominar assunto nenhum. Dito estas atrocidades posso lhes garantir que, o que eu estou aprendendo sobre a filosofia é por intermédio dos podcasts de vocês e de alguns filósofos que viraram popstar na mídia tradicional e transformaram a intelecção numa espécie de filosofia-coaching (embora muito melhor do que os coaching teológico-protestantes) e de palestras motivacionais. Mas é óbvio que esses indivíduos, que prefiro não conjurar o nome (vai que eles me apareçam aqui como gurus), neguem veementemente [existe essa palavra?] sua empáfia como famigerados artistas.

    Deixando de lado essas blasfêmias, a idiotice a que me refiro é como a dos gregos que preenchendo os requisitos para participar da vida política e da vida pública, negavam essa participar. Talvez sejamos essa espécie de novos gregos negando tudo que nos leve a uma vida realmente pública e política. Eu enxergo em vocês um enorme potencial como filósofos, mas de vez em quando (usando a filosofia como parâmetro e justificativa) vocês acabam fazendo comentários depreciativos sobre pessoas que não entendem de filosofia, como chamá-las de “idiota” adjetivando-as simplesmente pelo senso comum. Por favor não façam isso.

    Tem outra coisa que preciso comentar, mas prefiro depois ter certeza ouvindo novamente o podcast e volto aqui pra me justificar. Mas vocês falaram sobre o filósofo cínico Diógenes num contexto em que a filosofia é estática. Mas Diógenes não era da escola peripatética? Se sim, ela não é uma escola de filósofos caminhantes? Se sim, a filosofia de Diógenes não se encaixa no contexto de uma filosofia estática. Era isso, eu acho…

    Namastê!

    • Eliel Carvalho Ferreira disse:

      “Qual idiotice disfarçada de boas intenções você viu em nossa fala?”

      Respondendo sua pergunta, ironicamente, se o conhecimento parece nos agigantar sobre os pequenos (como eu), a arrogância vos apequena e as boas intenções com o conhecimento não parecem tão boas assim. Resumindo, alguns comentários de vocês diminuem minha vontade de potência sobre o podcast. Mas faz parte né? Não dá para agradar gregos e troianos e a verdade (essa instável que conhecemos) pode não ser doce como o delicioso pão de mel (que acabei de desfrutar mesmo sabendo das consequências de um diabético). Enfim… Aqui me sinto em uma casa repleta de existência (e angústia).

      Vocês costumam ouvir outros podcasts? Eu sugiro #vaidape no spotify, podcast de história e atualidades. O estilo deles é bem legal e bem parecido com os de vocês.

      Aqui me despeço com o abraço de Clarice Lispector: “sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, sarcasmo, preguiça e agora sono”.

      • Rafael Lauro disse:

        Apequenar quem não entende de filosofia passa longe de qualquer intenção nossa.
        Se por acaso pareceu, deve ter sido mal entendido.
        Uma das nossas intenções é tentar tornar a filosofia mais acessível.

        Diógenes de Sínope não era da escola peripatética, mas dos Cínicos, vale muito a pena conhecê-los!
        Tem alguns textos aqui no site…

        Ouvimos outros podcasts sim, claro. Vamos dar uma olhada na sua sugestão!

        Valeu, Eliel..
        Abraços!

  • Alger disse:

    Quase morri ao ler este monólogo, que é uma palavra de ordem contra o liberal darwinismo como declarou. Encenam o teatro do covid 19 sem nenhuma referência à bioinformatica, a caixa de pandora chinesa. Beijam as mãos do partido comunista em nome d uma verbinha….??? Nunca leram Artaud com o capitulo teatro e a peste em teatro e seu duplo. Lavam às maos na solucao de esperma e alcool adquridfo em farmacia. E está tudo bem… Onde fica o teatro e a peste como espetáculo ?!?! E isto é atacar os liberais…..

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