Meu filho, nem muito nem pouco, nem demais nem de menos, não exagere para nenhum dos lados: o caminho do meio”

– conselho mediano, dos medidores medíocres

Leitura:

Rafael Lauro

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  • Silmar Crepaldi disse:

    Muito bacana o episódio! É o primeiro que ouço do podcast. Parabéns pelo tema e bom desenvolvimento da conversa.

    Humildemente alguns comentários após observar e refletir:

    No exemplo do prato que vc detesta e outro que adora. Eu posso ver o ‘caminho do meio’ em comer menos no 1o dia e mais no 2o. Qual sería o período de tempo medido para avaliar onde está o ‘meio’?

    No instante cabe somente o fato sem possibilidade de comparativa até então, por isso, sem poder ainda ser determinado ‘meio’. Há que ser avaliado onde está esse ‘meio’ dentro de um período de tempo.
    Se ouvirmos o exemplo da “música” que vem na sequência do podcast constatamos isso (se olharmos com nova perspectiva): A “música” é bela pq cria um ‘meio’ durante um espaço de tempo e não só pq contém extremos; qualquer canção que não varie e fique em extremos seria desinteresante.

    Não conheço muito de Aristóteles, mas o ‘caminho do meio’ no budismo histórico é algo mais como “seguir o fluxo natural das coisas”. Os extremos não são fixos, seguem a constante transformação natural de tudo, por isso o ‘caminho do meio’ nem sempre é o mesmo.

    No budismo, viver buscando esse ‘meio’ é caminhar em direção a iluminação, o Nirvana. Ironia interessante, já que mostra que o ‘meio’ budista é somente um meio (aqui de veículo) para buscar o maior dos extremos; a própria consciência pura (=pensar sem nenhuma construção social ou sensorial adquirida durante a vida, é onde a “identidade se desentrega” a “a moral se desfaz”).

    ‘Meio’ seria a ação mais adecuada a se tomar considerando os valores e virtudes daquele exato momento; utilizando da razão (já que não resta outra, senão algo tbm de intuição) para decidir por tal.

    Obrigado por me fazer refletir sobre esses temas. Abs.

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