Queremos dizer aquilo que somos e não somos. Sim, é ousado, mas é preciso. Ousadia é para nós uma prerrogativa, tal como a prudência. Se nos definimos como uma Razão Inadequada foi para nos contrapor, mas se dissemos “Não” é porque antes gritamos “Sim” para nossas ideias. Ouvimos o corpo, o barulho da cidade, sentimos o ritmo das frases de filósofos que admiramos e decidimos dar nossa pequena contribuição ao cenário da filosofia e do confuso mundo da internet.
Nos acusam de superficiais, e nós agradecemos. Nos pedem que sejamos profundos, mas nós mal atingimos a superfície de nós mesmos. Nos chamam de loucos, ridículos, às vezes utópicos, mas eles não sabem que estes são nossos momentos mais lúcidos. Sabemos que é impossível viver mundos que não existem, por isso lutamos diariamente para viver o mundo real. Isto nos torna muito melhores e muito piores que Deus. Fazemos da liberdade um fim e um meio, mas sentimos que ainda nem começamos.
Queremos ampliar encontros, quebrar imagens, criar e fazer fluxos passarem. Nosso território é onde o pensamento chegar. Ele é criados dia a dia, para além de nossos limites, expandindo todas as fronteiras possíveis. A velocidade é necessária neste mundo paranoico, mas seguimos de forma a deixar para trás tudo de pesado. Cada letra, cada palavra é uma nova batalha. Se vivemos é porque nos reinventamos continuamente.
Não se filosofa nem se vive uma vida filosófica sozinho, mas tampouco com qualquer pessoa. Neste ponto temos que admitir que nos preocupamos em devir-filósofos, sim, nossas partículas aproximam-se cada vez mais das vibrações daqueles que filosofaram antes de nós. Mas fazemos isso do nosso jeito, e criamos cotidianamente nosso próprio modo de filosofar. Esta série, tema da nossa segunda revista, aborda a questão O que é filosofia?, tanto do nosso próprio ponto de vista quanto dos filósofos com os quais temos afinidade.
Ps: Vários destes textos estão na nossa segunda revista!