Deleuze (1925-1995) e Guattari (1930-1992) são dois filósofos franceses que se conhecerem e trabalharam juntos após os eventos de maio de 68. Deleuze foi professor universitário durante quase toda a sua vida, trabalhando em obras próprias e comentando com ousadia a obra de outros filósofos. Já Guattari possui uma formação mais aberta, militante político, estudou psicanálise lacaniana e trabalhou na clínica de La Borde. Vindos de universos diferentes, o trabalho em conjunto destes pensadores foi marcado pela interdisciplinariedade e tornou-se uma grande influência para o pensamento político e psicanalítico pós maio de 68.
Quem foram?
As multiplicidades são a própria realidade, e não supõem nenhuma unidade, não entram em nenhuma totalidade e tampouco remetem a um sujeito” – Deleuze e Guattari, Mil Platôs, Prefácio
Ideias principais
O pensamento de Deleuze e Guattari é marcado pela crítica dos modelos teóricos da representação (como Platão, por ex) e propõe um paradigma de intensidades e forças (como Nietzsche, por ex). Ou seja, a diferença, o desejo, são forças que não possuem uma finalidade e não querem alcançar a completude com um modelo transcendente. Deleuze e Guattari procuram pelas possibilidades de diferenciação do ser, ou seja, a força quer apenas afirmar-se o máximo possível e neste processo ela se diferencia e transforma.