Os textos que essa série propõe podem ser questionados de inúmeras maneiras. É provável que um leitor especialista em qualquer um dos autores que comparamos aqui vá discordar, achar forçado, incabido. Mas, fazer o quê, é incontrolável essa vontade de sobrepor pensamentos. É mais ou menos como aquele desejo de misturar todas as tintas guache para ver o resultado. Perdoem-nos, às vezes fica entendiante trabalhar apenas com cores primárias, por mais detalhes que elas possam pintar.
Que acontece com Nietzsche quando o misturamos com Espinosa? E o que é que resulta da comparação entre Freud e Schopenhauer? Seriam Pascal e Nietzsche irmãos inimigos? Se colocamos Leibniz e Schopenhauer lado a lado, que será do mundo? É de fato mais divertido do que prudente.
Pode ser que, além de encontros fotográficos, possamos fazer encontrar ideais interessantes. Só precisamos de uma boa lógica das combinações e um pouco de senso de humor. É bastante interessante pensar que nós, enquanto leitores, temos nas mãos a capacidade de criar por sobre o pensamento dos autores. Todo um novo horizonte de interpretação se abre quando deixamos de ver na filosofia um altar sagrado em que devemos ler certo.